sexta-feira, 17 de setembro de 2010

desabafo à atrofia das comunas primitivas

minhas flechas
agora enfeites
em brancas paredes encarnam
atam redes onde não dormirei

feitiços já fetiches
remédios que espreitam
meu tédio

paraíso que preservo
por ele morri, morro
e continuo morrendo..., sem mim
também morrerá

canto minha ilha
encantada
na vela-história que herdei
da vida que construo
em terra de artistas
mundo contínuo {[(droga de hipocrisia)]}
ainda continuo
sendo contíguo da burguesia

me contaram quando criança
as lendas que conto
hoje vemos coisas diferentes
lendas de verdades
monstros que entram e saem
da tv

sou os que se foram
todos
em reserva morrer
nenhum selvagem quer crer

liberdade
odeio quando falam
o que abstraem

como sempre
isso tudo é coisa dos ci-vil-zados
eu não queremos guerra
nós quer paz

ah, quando tinha uma nação
uma cultura criada só por mim
era uma vez... eu, sozinhos
nesta terra, tomara
que chegue logo o fim

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