terça-feira, 4 de janeiro de 2011

pontos de intersecções

das margens observa-se
o inatingível
ao alcance do olhar
são tantas águas, mágoas
e confabulações
que nenhuma águia consegue
ao todo espectrar
o só alcançável junto

embarcações e aviões não chegam lá
que quando chegam lá
pra onde se lança o olhar
lá ele está, sempre!...

o horizonte, interminável

mais são infinitos pontos
aos olhares almejantes
por felicidade constante,

(será que a constância de apazíguos
e de contentamento, os instantes
não deviam ser o desejável, e
quando acontece, o bastante!?)

como conviver
como viver
conviver

viver como com um alguém
apaixonante
cheio de virtudes
e defeitos
um presente
perfeito
feito de instantes
instantes perfeitos?!?
(perfeito enquanto for um ponto
de intersecção)

que os horizontes são pontos de intersecções

tem quem nunca saiu do lugar
quando que o lhe apaziguável
não está lá
este quem é vida sem v
de ida, e mais idas

a outros, o almejável
estava lá, está lá
estará lá
no ponto de partida
horizontes,

perder-se?!
é fácil, depois de desistir
do difícil
o difícil?!
é saber
saber conviver
com o impossível
o impossível?!
o impossível é nunca sofrer convivendo com o felicitável

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