sábado, 18 de dezembro de 2010

rabiscos convulsos

sou tão vago
e ao m'esmo tão intenso
ao longe que me trago
ao meu lado errado
tão antes, amado como um bêbado
não sei gostar, sei
mas não devia poder
sou fraco, cancerígeno
impotente e ciorânico

consolo-vos, mas me confundo-me
me afundo-te e
aprofundo-nos nas galáxias
eu adoro você, todos
mas amanhã podem estar só
um dia eu vou cessar até a morte, morrer
porque sou muito forte!

perturbo-me e as controvérsias
acabam avessando-me
a rabiscar sobre enzimas inertes
e coisas que desconheço

te amo todos
mas não sei o que amor
tenho uma tonelada de coisas pra desaprender
muito a converter-me
que somos elos de uma mesma
corrente

e podia olhar em meus olhos
mas prefiro os outros
os meus também são belos
também remelo
e também não tão falsos
o sofrimento adora devorar-me raivas e ódios!

uma metáfora/antítese expressiva
de apenas uma face, apenas
sincera'mente...
...
sempre sopra-nos a sensação de que a verdade
não passa da ilusão que mais convencionou-se
a ser aceita, a seita, o seio, da ceia,...

Nenhum comentário:

Postar um comentário