quinta-feira, 30 de setembro de 2010

de um homem como outro qualquer

- rabiscos teus servem para quê!? -
debocham os indiferentes ao rabiscador
e s'eu, lírico ou não, só silêncio
cerra os punhos e... soca a sordidez:
para desnaturalizar o que apodrece a língua
desnaturalizar o que encarece
as coisas do mundo, empobrece
as coisas da vida, adoece
a humanidade que há tempos
se auto-carece no indivíduo homem...
tornando-o deserto, lugar criadouro de miragens
eis os intentos destes rabiscos
cutucar e chamar pra porrada dialógica
o hominídeo sem co'nside'ração e os acomodados
em defesa daqueles que com suas fomes sofrem
e daqueles que com ardor criativo e dedicação
e percebendo o injusto e o alto custo da justiça
expressam sua revolta estampando-a na cara
e lutam juntos, não pelo cumprimento do que é Legal
mas pelo acontecimento do Legítimo ao povo

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